A escolha do tema o qual nos reportamos deu-se porque esta é algo recorrente na sociedade, ramificando-se nas mais diversas formas tais como: física, psicológica, verbal, sexual, etc. Podendo ser praticada em vários ambientes, no trabalho, em casa, na rua e até mesmo na escola. Sendo este último o foco de nossa discussão, onde objetivamos tecer alguns comentários acerca de suas principais características, bem como suas causas e consequências.
Mas qual seria a origem de tanta crueldade? A culpada seria a família que com a necessidade de trabalho dos pais, os filhos acabam por ter que frequentar ambientes como creches e berçários de maneira precoce, sem que antes disso a família tenha como acompanhar a formação da personalidade de seus filhos? A culpada seria a escola que não teria a estrutura pedagógica adequada para receber essas crianças? Seria então a falta de politicas públicas direcionadas a este público uma vez que o número de creches no Brasil é bem aquém do necessário?
A verdade é que a violência escolar explica-se como um pouco de cada uma das situações supracitadas, pois crianças muito novas veem-se longes de seus pais, deixadas em um ambiente que na maioria das vezes não possui condições mínimas para a sua permanência, sendo acompanhadas por pessoas sem a devida preparação e não tem dispositivos que ajudem a modificar a realidade daqueles cuja educação lhes foi confiada.
Sabemos que onde falta presença efetiva do Estado, sobra exploração da dignidade humana, sendo a escola o local onde as “tribos” se encontram, temos então o choque causado pela diversidade e mal trabalhado por técnicos, gestores, professores e demais atores do processo educacional. Daí, a explosão de brincadeiras de mal gosto, apelidos vexatórios, constrangimentos e humilhações.
A partir desse momento uma enxurrada de emoções toma conta daquele que sofre a violência, seja ela física ou psicológica, desenvolvendo-se consequências imprevisíveis que culminam em queda do rendimento escolar, apatia e medo de participar das aulas, introversão da personalidade e até mesmo doenças como depressão, esquizofrenia.
Enfatizamos ainda que o revide por parte do agredido tem sido comum no ambiente escolar e proporcionado muitas manchetes hoje estampadas em jornais e telejornais. Matérias que denunciam até mesmo ataques com armas brancas e de fogo que muitas vezes terminam por ceifar a vida de adolescentes e jovens na flor da idade.
Em nossa prática pedagógica temos percebido a animosidade entre alunos desde as séries iniciais até o ensino superior, causando em agressores e vítimas verdadeiras “mutilações” emocionais e físicas de difícil reversão. Preocupamos a maneira como a maioria dos pais desconhece a atitude do filho, tendo-o como alguém incapaz de produzir determinados atos, estando nós educadores entre o uso de práticas pedagógicas capazes de ao menos minimizar tais eventos e a utilização de leis específicas dentro do código civil que acabam por punir o aluno.
Acreditamos que a saída é o desenvolvimento de atividades que tratem da riqueza que há na diversidade, seja ela cultural, religiosa, social, étnica ou de gênero, para que a comunidade escolar aprenda o respeito pelo diferente e desenvolva uma cultura de paz dentro e fora das escolas.
Outrossim, é o desenvolvimento de políticas públicas que fomentem a cultura de paz nas escolas e promovam a capacitação de professores e demais profissionais da educação, especialmente aqueles que trabalham em creches, berçários e séries iniciais haja visto a importância dessa fase na formação do ser humano, trabalhando de maneira incisiva e pontual em um problema que tem causado consequências extremamente danosas à sociedade.
Atividade Prática Pedagógica I Semana:
Leitura e análise de no mínimo três textos da lista, organizar o conteúdo da análise em forma de um trabalho acadêmico contendo. (Atividade do Curso de Introdução a Educação Digital)